Aurios - O Ladrão

- Obrigada Aurios, é claro que vou aceitar a doação para as crianças.

- As crianças levantam às 07:00. Pode chegar por volta das 07:30 que já estão todas acordadas.

Ao sair da taverna Aurios percebe que já passa da meia noite.

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Aurios vai andando ao lado do mini búfalo até acasa de dona Abigail. Mas antes ele fica 1 hora do lado de fora da taverna. Pensando no tamanho da casa e o que ele poderia fazer para aumentar ela. Em como fazer um parque para as crianças terem diversão. O que ele pode fazer para o local. E após isso ele se levanta e vai para dona Abigail

A casa da Senhora Bratza é enorme, sendo uma taverna no primeiro andar e dois dormitórios encima.

Nos fundos ficam os jardins e área de lazer das crianças.

Aurios também sabe que as crianças são livres para tomarem banho no rio, passearem nos bosques e "explorarem" outras áreas da morada dos justos.

No caminho para a casa de Dona Abigail, não há grande escuridão, pois o céu de um negro cheio de pontos brilhantes, mas, diferente do céu de Lockhead e de Adraxyan.

Aurios se dá conta que conhece muito bem o céu da morada dos justos, mas, muito pouco do céu das cidades que visitou.

Ao chegar na casa de Dona Abigail, Aurios vê o portãozinho de madeira, característico. E, o jardim de ervas e flores tanto na frente quanto na lateral da casa.

Há uma estufa recentemente construída mais para o fundo.

A casa é grande ao ser vista do lado de fora, e, há muito espaço em várias direções. A morada dos justos deve ter mais espaço do que gente para ocupá-los.

O portãozinho de madeira na cerca encontra-se encostado, há uma trilha de pedras que levam até uma escada de madeira com três degraus que sobe para a varanda.

Na varanda, além de uma porta grande que se encontra fechada, é possível ver as nove janelas da frente da casa.

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Aurios amarra o mini búfalo em algum lugar perto dali e vai até a porta. Bate e chama.

- Senhora Abigail, sou eu o Aurios, preciso de um quarto para dormir essa noite.

Alguns instantes Aurios vê uma luz bruxuleante se mover no primeiro andar, passando de uma janela para outra, como se alguém caminhasse com uma lamparina na mão.

Um vento morno passa por ele enquanto o portão balança e faz um rangido loooonnngo e sinistro, causando arrepio nos pelos de Aurios.

Nesse momento uma voz ligeiramente irritada grita lá de dentro.

- Eu já ouvi... não precisa fazer esse barulho todo... eu to indo.

Seguida de um resmungo que Aurios ouve por ser ladino:

- Aposto que alguma criança brincando comigo e tentando me assustar. Isso é hora de criança estar dormindo.

Ao abrir a porta, uma senhora idoso, aparentando seus 2.000 ou 3.000 anos de tão acabada, com roupas bem surradas e grossas, olhos com um brilho forte, devido ao reflexo da lamparina sorri mostrando sua pouca dentição.

- Bem vindo. Vai querer um quarto? - diz ela feliz.


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Aurios sorrindo.

- Senhora Abigail a quanto tempo. A senhora está muito melhor do que da última vez que meu pai dedoverde me trouxe até a cidade. Preciso sim de um quarto. E sairei logo pela manhã cedo. Quanto irá me cobrar. E se tiver um lugarzinho que eu possa guardar a Mimosa. Eu pago por isso tb.

Aurios fica atento para saber se tem mais alguém ali além deles.

- Uma peça de ouro ou algo de valor equivalente. - responde ela.

- Entre, venha que vou lhe mostrar o seu quarto Titus. Você também está diferente, deve ser o seu casamento, faz coisas estranhas com os nubentes. - diz ela nitidamente confundindo os irmãos.

Tirando pequenos insetos, alguns roedores, talvez um ou outro morcego, não há nada além deles na área.

O interior da casa tem um misto de odores agradáveis. Provavelmente pelos perfumes que ela faz, mas, estranhamente não há um único odor desagradável no ambiente.

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Aurios a acompanha a senhora Abigail.

- Senhora Abigail, tem um perfume que tenho interesse. Posso conhecer eles.

- Claro. Venha comigo.- diz ela mudando de rumo do quarto que já estava em frente e voltando para a entrada.

Chegando na cozinha Aurios vê o que parecem ser vários kits de alquimia, com "cozimento", "decantação", "fermentação", e, demais ações com folhas, madeiras e materiais ligados ao trato com ervas, mas, Aurios conhece pouco para entender como tudo funciona.

Esses são meus prediletos, ela mostra o que pareceria um conjunto de alquimia com vários frascos de cerâmica pequenos e com inscrições.

- Essas são minhas pedras de cheiro, ganhei recentemente no meu aniversário. As pedras tem o odor do último perfume usado nelas por isso tem que pegar com essa pinça.

Ela entrega uma pinça para Aurios.

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Aurios pega a pinça e pega a pedra para sentir.

- Tem um perfume que senti. Acho que a rosa e Dália o nome. Tem algo assim?

- Também tenho, são essas outras aqui. - diz ela impressionada ao apontar para outras duas pedras.

Aurios cheira mais de 60 pedras, com perfumes variados. Alguns conhecidos, outros desconhecidos para ele, aos quais ela fala os nomes quando nota que o odor não é conhecido por Aurios.

Uma das pedras que chama atenção, pelo odor agradável mas ardente é a de 'eucalipto'.

- Esse é bom para banheiros, uso como poção de limpar fossas, muito boa.

- Um amigo me deu uma "papa merda", virou a base de vários dos meus perfumes. - diz ela.

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Aurios procura o cheiro a qual sentiu de Dalia Murkay (ou senhora buterfly)

Aurios sente um cheiro próximo, mas, não está em nenhuma das pedras à vista.

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Aurios vai acompanhando o cheiro que sentiu.

- Tem um cheiro por aqui.

Aurios aponta por aproximação.

- É este que quero. Se a senhora puder me ajudar. Sinto que não estão nestas pedras que me mostrou.

Ela começa a rir e abre a gaveta que Aurios apontou.

Lá dentro tem dois colares ornados com duas pedras semi-preciosas em forma de coração como pingente, sendo uma aquamarine e uma agata azul. As pedras foram muito bem lapidadas e o odor parecido exala delas.

- É uma receita especial para as meninas da casa Murkay. - diz Dona Abigail.

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Aurios inicialmente fica vermelho, mas lembrando que ele nunca foi em uma casa Murkay assim ele volta ao normal.

- Desculpe-me senhora Abigail. Gostei muito do cheiro e iria dar a minha esposa. Mas sabendo do que se trata acho que ela não ficará satisfeita em ganhar. A senhora que possui mais experiência que eu. Qual seria a mais indicada para uma meia lianon. Gostaria muito de dar um presente mas como não conheço o gosto dela. O que me recomenda?

Ela ri novamente.

- Eles são para serem usados por mulheres, mas, o presente é mais para o marido que para a esposa.

- Se me trouxer os ingredientes em triplo, eu faço um desses para você. E, nada de me oferecer moedas, quero ingredientes.

- Eu até aceitaria outros ingredientes raros para trocar, mas, não tenho ingredientes para fazer um desses.

- O que acha da proposta?

Nitidamente está querendo vender um colar desses para Aurios presentear a esposa.

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- Me diga quais são os ingredientes que verei oq posso fazer. Se tiver noção onde posso achar lhe agradeço.

- São ervas raras, não nascem por aqui, mas cada pedra consome um lírio da lua, três sementes de trepadeira kariossaura, preciso de ingrediente para três pedras, por isso multiplique eles por três.

- A joia que você deseja colocar o perfume deve ser semi-preciosa ou preciosa e já deve estar lapidada.

- Não conheço sua esposa, mas, me disseram que a joia precisa combinar energeticamente com a mulher, senão ao invés de cheiro vira fedor.

- Também preciso de um pedaço da sua esposa, como um fio de cabelo, uma gota de suor, de saliva, algo que tenha o cheiro dela para que eu possa mexer.

- Para conseguir as joias já prontas e lapidadas é só levar o material para Slan Elgen, um artesão que se mudou para cá recentemente.

- O artesão cobra em dobro, entregue dois e receba um.

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- Senhora Abigail, Como vou saber qual pedra preciosa combina com minha futura esposa?

- Hum? - nitidamente ela não sabe a resposta, mas, diz algo.

- Procura alguém que entenda disso, eu não faço as joias, elas já são entregues pra mim prontas para perfumar.

- Eu entendo de ervas, e, de como usá-las.

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- Verei oq posso fazer. E eu conseguindo trago aqui para a senhora. Agora deixa eu dormir que vou levantar cedo. Se a senhora já estiver acordada as 7:00 da manhã e puder me acordar. Isso claro se eu não conseguir sozinho.

Aurios tira duas moedas de Feurun.

- Está aqui já senhora Abigail.

- Obrigada.

Ela leva Aurios até o quarto, mas, tão logo ele se acomoda na cama e vira para o lado ele sente a mão dela em seu ombro.

- Aurios!! Aurios!! Acorda rapaz.

Apesar da impressão de ter apenas se virado na cama Aurios tem certeza que dormiu algumas horas.

- O galo está cantando e a comida está na mesa. - diz ela já se afastando e caminhando em direção à cozinha.

A cozinha é onde ela prepara as ervas e poções, por isso parece um laboratorio de alquimia.

Sobre a mesa para 10 pessoas há pães, biscoitos, bolo, geleias, frutas secas e frutas cristalizadas.

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Aurios se senta para tomar o café da manhã. Nada em exagero. Após o café da manhã ele se despede da senhora Abigail. Sai da casa pega o mini búfalo. E vai para a taverna encontrar suas crianças.

Chegando lá, ele já ouve a barulheira causada pelas crianças.

Muitas estão brincando no pátio, outras, estão no salão da taverna comendo o desjejun.

Muito pão, algumas geleias, muito queijo e leite e suco.

Quando Aurios chega algumas das crianças já o reconhecem e comentam com as outras.

- Aquele é o Aurios...

- Foi aquele halfing que me salvou da cidade...

Dentre outros comentários.

A Senhora Bratza o cumprimenta de longe. As crianças apesar de toda animação são muito comportadas, elas limpam a própria bagunça e levam os pratos e talheres que usam para a cozinha, que é o caminho para o pátio os fundos da taverna e local de brincadeiras para as crianças.

Os meninos e meninas mais velhos cuidam dos mais novos, e, de outras tarefas da casa. Parece uma grande e enorme família.

São cerca de 07:30, há umas 50 crianças no pátio e mais umas 80 no salão da taverna. Aurios calcula que devem haver mais umas 80 em algum canto.

Aurios consegue identificar umas 10 ou 15 crianças das que vieram com ela, mas, as outras 30 não estão por ali, ou, não foram vistas no meio desse monte de criança.

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