Aurios - O Ladrão

A mulher sorri.

- Vejo que tem muito feurun para gastar, mas, temos pouco ouro para vender.

Ela vei se virando e fazendo um sinal trêmulo para que Aurios a acompanhe.

É um pequeno salão, com apenas duas cadeiras de balanço e duas senhoras, uma de pé caminhando com Aurios e outra sentada fazendo tricô.

Ao lado da cadeira vazia Aurios vê uma pequena bancada com uma cesta cheia de agulhas e novelos para tricô, com algo amassado sendo tricotado.

Há uma única porta de entrada, por onde Aurios e o guia (agora posicionado atrás de Aurios) entraram, algumas básculas próximas ao teto que parecem pequenas grades de celas com luz que vem a partir dela, sendo essas a única fonte de iluminação do local, além da pouca luz que vem da entrada.

Ao final da pequena sala tem um corredor, e nas paredes secas de cor escura, tochas intercaladas vão se ascendendo sozinhas conforme a senhora vai caminhando pelo corredor, iluminando pouco a passagem.

Além da incômoda sensação de que está sendo observado Aurios vai sentindo o afastamento de Ice e consequentemente, dos Kodans espiões que tem com ele.

A senhora continua falando durante o caminho.

- Talvez o senhor não saiba, mas, descobrimos recentemente que há uma quantidade limitada de ouro no mundo.

- Segundo nossas fontes, E-Dron lançou uma quantidade de moedas de ouro a essa terra.

- Talvez não saiba, mas, ele só lançara ouro novamente quando todo o ouro que lançou sobre Azterras tiver sido novamente recolhido.

- Também não acredito que tenha percebido as qualidades incomuns que as moedas de ouro tem.

Finalmente ela chega numa porta toda em feurun negro, com uma gema branca ao centro, servindo como fechadura.

Antes dela tocar e abrir a fechadura, ela vira-se para Aurios.

- Vou lhe levar até o senhor da guilda, o jovem Messias gosta de falar com pessoas bem recomendadas pessoalmente. É um hábito que ele não herdou de nenhum de seus prováveis pais da família Keyblack.


*** SEGUE

Aurios já retira da luva o brasão a qual ele fez de Feurun dourado.

- Acho que um presente para o Messias será agradável. Tenho pessoas importantes a qual estou fazendo amizade e espero que ele possa me receber de forma agradável e sei que todos me recomendam muito bem.

A senhora toca o cristal, se vira e começa a andar de volta para a entrada.

O corredor parece o mesmo, mas, Aurios não vê mais a saída do lado em que entrou. Aparentemente ele está em outra área, na qual é possível ver pilhas de moedas de feurun, e, na medida em que se aproxima, cabeças penduradas no teto, todas por quatro correntes, com uma vela sobre a cabeça.

Do pescoço ceifado de cada cabeça goteja sangue, e, Aurios pode estar enganado, mas, os olhos das cabeças se mexem.

A senhora senta numa cadeira de balanço e começa a fazer o seu tricô, enquanto um garoto, aparentando algo entre 7 e 9 anos se levanta de uma das pilhas de moedas.

- Sou Messias Keyblack, bem vindo à minha sala de brinquedos senhor Dedoverde.


*** SEGUE

- É um imenso prazer senhor keyblack.

Aurios sorrindo por conhecer alguém de tão alto nível na cidade.

Se aproximando Aurios com um gesto faz para entregar o brasão da família ao garoto.

-Gostaria de poder dar mais, mas lhe digo que um brasão de família é para quem realmente pode ser importante para mim. Como minha madrinha de casamento a senhora Nóforte. Espero que fique feliz com o presente.

Aurios aguarda para ter autorização de se aproximar ou se alguém vem pegar.

Aurios percebe que tem apenas uma nós em sua mão.

- Obrigado pelo presente! Muito bem feito, é um trabalho digno de Slan Elgen, o ferreiro lendário e atual ferreiro mór de Azterras.

Ele tem em sua mão o brasão de Aurios, aparentemente, foi trocado no momento que Aurios ofereceu a ele.

- Então senhor Dedoverde, em que precisa da guilda de Keyblack?

Apesar da pouca idade, voz de criança e jeito brincalhão, parece ser muito mais maduro, possivelmente, mais velho do que realmente é.

A expressão das cabeças acima mudaram, parecem assustadas e preocupadas.

*** SEGUE

Aurios olhando admirado para o quer que seja que conseguiu fazer isso sem que ele tenha percebido a ação. Sorrindo por ter visto isso.

- Desculpe-me, ainda estou me acostumando em encontrar pessoas de tão alto cacife como o senhor. Acho que o senhor já sabe que irei me casar com a senhorita Amélia Orcrish neta de Eleanor Orcrish. Mas gostaria de comprar um terreno aqui para deixar um casa para minha esposa. E irei trazer meus filhos para morarem aqui. Senti que é um lugar seguro para deixa-los e eles serão muito bem educados aqui. E tenho agora mais que nunca interesse em conhecer os princípios da guilda de keyblack, e quem sabe pode me juntar, dependendo de minhas obrigações.

- Faça o que te mandam. - Diz ele.

- Simples assim, é o único princípio. Mas, pelo que sei tem um trabalho com Slan, estou certo?


*** SEGUE

- Realmente não poderei fazer parte. Exatamente porque meu principal contratante é Slan.

Sorrindo.

-Mas isso não nos impede de nos darmos bem. E fazermos negócios. Preciso compra um terreno na Cidade. E tem um anão que está ou estava. Como tudo aconteceu rápido não sei dizer. Que estava cobrando 1.000 p.o por metro. Ele possui 1.200 metros. Tenho interesse em comprar tudo. Mas não tenho deste ouro. Então me encaminharam até o senhor. Quem sabe pode me ajudar.

- Eu tenho o ouro, mas, o anão não gostou de meus enviados. Eles não pagaram a cerveja que ele pediu. E, pelo que sei, você também não pagou.

- Se descobrir para quê o anão quer o ouro, eu lhe dou a 12.000 peças. Se conseguir alguma informação mais valiosa que eu ainda não tenha, posso pagar até 120.000, mas, nada além disto. Tenho que manter uma boa reserva de ouro.

*** SEGUE

Aurios sorri.

-Acho que consegui mas uma negociação. Estarei indo até ele. E buscarei informações. Já lhe informei tudo que eu conseguir.

Aurios cumprimenta o Messias e se prepara para se retirar. Onde lembra de algo.

- O senhor sabe me informar de quem são estes codans espiões que jogaram em mim?

- Sim, sei... quanto me paga pela informação? Mas, adianto gratuitamente que foram 11 fontes diferentes. Um presente por outro.

Messian Keyblack sorri enquanto gira o brasão que Aurios deu de presente a ele.


*** SEGUE

Aurios sorri.

- Agradeço imensamente ter me atendido, estarei indo ao anão e conseguindo as respostas que precisa senhor keyblack entro em contato. Com licença.

Aurios inícia a saida do local. Claro aguardando autorização do Messian keyblack.

Quando Aurios se vira para sair, está na porta de saída, se olhar para traz verá as duas senhoras em suas cadeiras tricotando e o guia, que sai de suas costas e vai para sua frente, aguardando Aurios na rua.

Ice volta a ser sentido e do lado de fora ele tem certeza, a realidade foi alterada em benefício da guilda.


*** SEGUE

Aurios olha para trás e sorrindo, após isso olha ao guia.
- obrigado por me trazer aqui. e Preciso ir no melhor mestre cervejeiro. Preciso de as melhores cervejas existentes.

Precisamos primeiro sair de volta à área da feira.

- Temos ótimos mestres cervejeiros. Sabe qual o tipo de cerveja mais agradará ao anão? Temos ótimas bebidas sendo vendidas na feira também.

O estômago de Aurios começa a reclamar. Ele não parou desde cedo, e a tarde já está chegando na metade, logo anoitecerá e ele não comeu nada no almoço.

*** SEGUE

- Vamos para taverna mesmo, consegue ver para mim se a casa Murkay pode fornecer para mim e para o anão a noite inteira. Posso oferecer isso...tentarei.

Aurios sorri.

- e nos precisamos comer algo tb. Vamos para a taverna.

- Eu não tenho contatos com a casa Murkay, ela fica fora da cidade, mas, vou ver com alguém que tem acesso a ela.

Chegando na taverna Natanael continua na recepção e o anão não está mais no salão.


*** SEGUE

Aurios entra sorrindo.

- muito boa tarde sogro tudo bem? Como o senhor está. Desculpe-me não consegui resolver minha situação ainda. Preciso de um lugar muito amplo para poder pegar minha moedas e na mesma hora irei guardar. Conhece algum lugar assim?

- Outra coisa aquele anão dos chifres que estava aqui. Foi embora? Falou se voltaria.

- Boa tarde! Estou bem.

- Temos um salão de espaço amplo, qual o tamanho que precisa?

- O anão está dormindo no quarto dele. Pediu para não ser incomodado.


*** SEGUE

- quanto maior melhor meu sogro, se eu conseguisse algo assim do tamanho da cidade seria muito melhor.

- Me diga sabe me dizer que tipo de bebida o anão gostou, pois quero dar de presente ao mesmo algo espetacular. A melhor bebida que ele quiser. Mas preciso saber do gosto dele. O que ele comeu, o que bebeu? Assim posso ir em algum mestre cervejeiro e pedir a melhor escolha para ele. Não pretendo acorda-lo mas aguarda-lo com algo bem atrativo.

- Ele só bebeu cerveja que os outros pagaram pra ele, parece que já vendeu um bocado das terras dele pelo ouro, mas, as ofertas cessaram.

- Fiquei sabendo de fonte segura, que o ouro tem propriedades especiais e não pode ser produzido, assim como o null, nada está virando null, tem gente que endoidou com isso.

*** SEGUE

- Em um pouco mais de 24horas tudo mudou tão de repente, o null que não valia nada agora fiquei sabendo que tem um drow pagamento até 10 x 1, o ouro imaginei realmente que só existiria este que E-Dron mandou. Possivelmente em algum momento ele deve mandar mais. Não temos noção quanto tempo isso.

Aurios olha um pouco para a barriga.

- Desculpe-me, sogro nos precisamos comer algo urgente.

Olhando para o guia tb.

- Claro! Claro!! Podem ir para o salão, Terfog chegou e já vai atendê-los. Mas, pelo que sei, E-Dron enviou uma quantidade fixa de ouro, e, só mandará ouro novamente após recolher todo o ouro que caiu.

- E, ele abençoou algumas moedas para terem poderes únicos. Isso as está tornando ainda mais valiosas e raras.

No salão Terfog já está ajeitando uma mesa para Aurios e para o guia.


*** SEGUE

- Obrigado Sogro. Preciso arranjar uma forma de agradar o anão e descobrir o que ele pretende com as moedas. Tentarei fazer amizade com o mesmo. Com licença.

Olha para o guia.

- Vamos.

Aurios fala é vai até a mesa com Terfog. E sentando.

- Muito boa tarde Terfog. Como vc esta? Perdoe-me fazer o pedido tb. Estou com muita fome e gostaria de uma refeição a base de carne vermelha.

Sorrindo.

- Mas sem Pimenta. Fique à vontade. Acredito no gosto da cozinheira. Sei que irei me alimentar muito bem.

- Fique a vontade de pedir o que quiser meu amigo.

Falando com o guia.