Aurios - O Ladrão

Terfog assente com a cabeça e diz:

- Considere tudo providenciado senhor. - E se retira para pegar o vinho.

O guia entrega a escultura a Aurios e diz:

- Sou apenas um guia, nasci, cresci, vivi e vivo nessa cidade. Estudei com excelentes tutores e mestres. Conheço muito bem tudo que tenho que conhecer.

- Minha família é enorme, mas, não tenho permissão de falar sobre ela com senhor no momento, mas, tão logo torne-se um cidadão, como parece que se tornará, poderemos nos aprofundar.

Apesar de silencioso, o meio-orc Terfog retorna e serve uma caneca de vinho goblin e uma taça de uma bebida alaranjada, provavelmente algum tipo de suco não alcóolico.

Terfog diz:

- O senhor natanael se juntará mais tarde, conforme combinado, mas, a senhora Amélia deseja sentar-se a mesa com o senhor, seu guia, uma prima e uma sobrinha.

A escultura nas mãos de Aurios está do jeito que ele informou que queria, uma semente com um broto e, uma pequena marca de dedo.

Aurios pega a escultura e aprecia.

Olha para Terfog.

- Será um imenso prazer ter as senhoritas em nossa mesa.

Terfog sinaliza com a cabeça e se afasta para atender outros clientes que vão chegando a taverna.

*** SEGUE

Aurios fica apreciando o vinho até Amélia se aproximar para então poder levantar e puxar a cadeira para ela e as acompanhantes

Após alguns minutos Amélia surge no salão com apenas uma acompanhante, a cozinheira e mãe da jovem, aparentando que os planos mudaram.

As duas se aproximam e Aurios, muito educadamente se levanta para puxar a cadeira e ambas assentam.

- Boa noite senhores. Sou Eleanor avô de Amélia e não poderia deixar passar essa oportunidade de conhecer o senhor ... Aurios Dedo Verde... se não me engano.

Apesar de falar com doçura, Aurios nota a incrível semelhança física entre ela e a cozinheira, ambas meio-lianon. Se não fosse a simpatia e a capacidade de Aurios de favorecer-se com mudanças de realidade, provavelmente teria ficado confuso.

Ela dá um olhar sutil, quase imperceptível para Terfog, que se aproxima e diz:

- Com licença senhores, senhora e senhorita, gostariam de pedir algo?

Com um movimento rápido com a mão esquerda ela sinaliza um pedido, no que Terfog completa:

- E para os senhores?

O guia rapidamente toma a iniciativa.

- Eu vou querer quase o mesmo que elas, mas... com algumas mudanças:

- Para o prato inicial elas pediram salada de três folhas com ervas amargas, eu quero sem ervas.

- Para o prato de abertura elas pediram grãos de trufa com molho especial vammashi, eu acho o molho vammashi muito apimentado, então, vou querer os grãos sem o molho.

- Para o prato principal, cérebro de orcrish com ervas vermillyons é muito bom, mas, quero fazer uma alteração no prato, traga-me apenas um filé de largossauro, bem leve e salpique as esvas vermillyons na pérgola do prato.

- Ah sim... uma taça de água cristal ao por e retirar cada um dos pratos.

- E, quanto à sobremesa, vou esperar para decidir, comi muito no almoço.

Ao encerrar o estranho comportamento o guia olha para Aurios, não diz nada, mas, no olhar dele é claro que diria se pudesse.

O rosto to de Amélia é muito discreto e passa a sensação de que não quer passar nenhuma sensação.

Eleanor demonstra simpatia e age como se o mundo ao redor dela não existisse.

*** SEGUE

Aurios sorrindo ao ter o prazer da ter Amélia em sua mesa.

- É um imenso prazer ter a senhora Eleanor e a graciosa Amélia em nossa mesa.

Aurios olha para Terfog.

- Irei me sentir muito bem se minha graciosa Amélia fizer o pedido por mim.

Aurios volta a atenção para Amélia.

- O que me sugere minha graciosa?

Sem transparecer o incômodo ela diz:

- Não me sinto bem minha avó. Devo me retirar.

- Mas antes sugiro que, como já foi feito um pedido, que o senhor Aurios fique com ele, já que foi escolhido por minha avó tenho certeza de que será de seu agrado.

Eleanor movimenta os olhos e, com um ar de aprovação libera Amélia para retirar-se da mesa.

É nítido que Aurios está ou estava sendo testado pela matriarca.

*** SEGUE

Aurios ainda sem perder o sorriso no rosto virasse para a senhora Eleanor.

- Acho que sua neta não gostou muito de ter um marido que possa confiar no gosto dela, não sou muito movido a gostos exóticos espero que não se incomode mas não poderei aceitar sua sugestão senhora Eleanor.

Aurios olha para Terfog.

- traga-me somente um bife de largossauro somente para que eu possa apreciar meu vinho goblin.

Eleanor sorri cinicamente e diz:

- Uma esposa, assim como uma neta, ou, uma filha deve estar sempre pronta a atender as determinações de quem de direito.

Terfog retira-se da mesa para buscar os pedidos.

O guia fica em silêncio, observando a situação.

Amélia caminha tranquilamente em direção à saída do salão de janta.

*** SEGUE

- Eu preciso de uma espora que possa ter suas escolhas, pois não estarei em casa a maioria do tempo, então preciso de alguém para cuidar de meus 45 filhos adotivos, os que viram e de minha casa. Não quero ter que decidir tudo por elas.

Olhando para a senhora Eleanor.

- Não o tipo de pessoa a ser analisado o tempo todo, costumo ser direto em meus contatos, não tenho problemas em dizer quem eu sou ou oq faço, pq quero ser conhecido, quero que saibam quem eu sou.

Eleanor, muito simpática, responde:

- Quantos empregados pretende ceder à minha neta para ajudar a cuidar dessas... 45 crianças?

- E, onde pretende criá-las, pelo que sei não tem terras na cidade, aliás, parece até que recusou a comprar uma larga fatia de terras.

- Fiquei impressionada com sua coragem em recusar tanta terra, mas, deve ter um plano que não ficou claro, e, me deixou curiosa.

Ela faz uma pausa aguardando atentamente o que Aurios tem a dizer:

*** SEGUE

- sobre as crianças, elas estão sendo criadas em minha cidade na morada dos justos, ainda não tenho certeza se iremos morar aqui ou lá, eram assuntos que iria conversar com Amélia.

- sobre as terras eu não conhecia e estou aprendendo sobre as regras desta cidade, ainda sou novo posso aprender muito.

- fui enviado para comprar uma casa, e tentei comprar algo aqui dentro da cidade, e meu amigo aqui.

Apontando cordialmente para o guia.

- tem me instruído em algumas regras da cidade, uma que agora para mim é muito claro "não são permitidos comercializar terras do lado de dentro das muralhas".

- e agora tendo total certeza disso tentarei comprar alguns terrenos do lado de fora das muralhas, ficarei grato se puder me ajudar com isso TB.

O guia permanece tranquilo, quase como se nem estivesse ali, apenas bebendo.

Eleanor, mantendo-se serena e simpática continua:

- Não deveria discutir esse tipo de coisa com Amélia enquanto os compromissos não forem firmados, afinal, vocês não são casados ainda, e, como esposa ela apoiará seu marido e fará o que tem que fazer.

- Cabe à família discutir sobre essas questões, principalmente quanto ao tamanho de suas posses. Pelo que sei, em troca de espaço na cidade, cederia três vezes o equivalente do lado de fora.

- Como futuro membro da família eu sugeriria que comprasse o máximo de terreno na área externa, mesmo porque, quando todos os terrenos forem vendidos ou negociados a contento, a área externa será fechada e uma muralha irá ser erguida, tornando-a parte definitiva da cidade.

- O que me faz questionar... como direi... o tamanho de suas posses.

*** SEGUE

Aurios sorri.

- Eu tenho uma imensa ambição crescente em mim que me faz querer ter tudo....estou aprendendo e tentando controlar e direcionar está ambição em uma direção, e decidi que serei rico em pouco tempo.

Aurios demostra total verdade em suas palavras.

- a pouco tempo eu tinha pouco em mim, hoje sei que tenho muito mais que muitos e logo terei muito mais que uma imensidão de pessoas.

Uma pequena pausa, com a feição mais séria quando se fala da ambição, principalmente que é com a primeira pessoa que Aurios fala sobre isso.

- A assim que eu conseguir isso terei muito mais. Desculpe-me eu acabo saindo de alguns lugares de vez enquanto.

Voltando a sorri.

- Eu farei tudo que eu puder pela minha família, e estou iniciando a fazer amigos. Pois não era muito sociável por roubar energias de outros.

Aurios retira em suas mãos 1 ponto de energia dourada, e vira em direção ao guia.

- Aceita um presente amigo?

O guia olha com ar assustado, mas, acena desconfiado que sim... nitidamente ambicioso e curioso.

Eleanor parece confortável com a resposta, e diz:

- Ainda tenho algumas dúvidas, mas, não vejo motivo para recusar o noivado, muito pelo contrário.

Ela olha para Terfog que se aproxima imediatamente.

- Terfog, leve um chá para Amélia e diga a ela que, caso esteja melhor, deve se juntar a nós. Compreende?

Terfog, sem dizer nada, se afasta e se retira do salão.

Nesse momento, e talvez pela tranquilidade, Aurios repara que pelo menos metade das mesas já está ocupada, e, próximo a mesa dele, em um espaço estão sendo colocados dois bancos.

A predominância de raças na taverna é de lianons, humanos, daishans e meio-lianons.

*** SEGUE

Aurios muito tranquilamente passa a seu amigo guia 1 ponto de energia dourada.

- Este é meu presente meu precioso amigo, saiba que muito terão talvez este direito de o serem e terei cada vez mais valor aos primeiros, pois estão tendo um papel importante em minhas mudanças.

Sorrindo.

- Peço que não falhe comigo, assim eu consigo direcionar de forma correta minhas ambições.

Aurios vira novamente a Eleanor.

- Minha futura matriarca...se é assim que lhe chamarei, não sei qual seria o certo.

Sorrindo.

- como disse ainda estou aprendendo, pode me apresentar alguns amigos interessados em vender seus terrenos?

- Há e espero ter satisfeito um pouco de seu receio, mas dou muito valor a isso. Alguém que cuida da família pode me ensinar muito.

A energia se dissipa, pois como semi-desperto nada acontece ao guia.... que fica intrigado e decepcionado por nada ter acontecido.

Eleanor, prossegue:

- Está tentando angariar bons companheiros. Espero que faça essas ações com seus filhos, assim terá uma guilda grande e próspera.

- Pode me chamar de matriarca, ou, de Eleanor, afinal você já é quase da família.

Nesse momento Amélia entra no salão e dirige-se à mesa.

Eleanor, mesmo de costa para Amélia comenta:

- Acredito que ela está melhor.

Amélia se aproxima da mesa, cumprimenta a avó e posteriormente aos demais enquanto Terfog, que parece saído do nada, puxa a cadeira para que ela se sente.


*** SEGUE

Sem muitos sorrisos.

-seja bem vinda a mesa senhorita Amélia.

Bebi um pouco de vinho goblin e Volta a atenção a Eleanor.

- Agradeço a sugestão é acho imensamente válida, irei fazer de minha família nossa maior força.

Terfog se aproxima e começa a servir o primeiro prato a todos, menos para Amélia que recebe uma sopa leve e rala, aparentemente uma canja, e, para o próprio Aurios que recebe seu bife de larvassouro.

Eleanor parece satisfeita e prossegue a conversa.

- Diga-me Aurios, tem interesse em se estabelecer com várias esposas em um lugar apenas ou em vários locais diferentes?

*** SEGUE

- Vai depender muito de quem eu achar pela frente e se isso será ou não proveitoso para nosso futuro, talvez algumas aqui outra lá.

- Mas preciso de alguém boa para cuidar de nossos filhos, pois estarei ausente de tempos em tempos.

Com um sorrisinho maroto, quase rindo por esta cutucando Amélia que retornou a mesa, mas mantendo a seriedade e atenção de Volta a Eleanor.

Completamente insensível, Amélia não esboça nenhum tipo de reação ou sorriso, entretanto, muito sutilmente toca na perna de Aurios, que senti um arrepio quente subindo do ponto de toque até o topo da cabeça.

Eleanor olha para Aurios, mas, antes que faça qualquer pergunta o guia comenta se abanando.

- Esses pratos estão mesmo muito picantes, posso sentir o calor daqui...

Aurios sente um suador pelo corpo, mas, para a sorte dele, encontra-se sentado.

*** SEGUE

Continuando com o sorriso no rosto. É olhando em direção a Amélia.

- e o que a senhorita espera de um marido, além de cuidar de você e lhe dar muitos e preciosos filhos?

Continuando com o sorriso no rosto. É olhando em direção a Amélia.

- e o que a senhorita espera de um marido, além de cuidar de você e lhe dar muitos e preciosos filhos?

Mantendo a postura ela sutilmente põe a mão na garganta, ao mesmo tempo em que afasta o pé e com um suave pigarro é interrompida pela avó.

- Amélia, parece que ainda não melhorou de todo. Sugiro que não force sua garganta, tenho certeza que Aurios será paciente e esperará um momento mais oportuno para esse diálogo.

- Mas, - prossegue a avó - Amélia foi criada com muito zelo. É bastante prendada e produtiva, cuidará dos seus filhos e dos filhos de ambos sem qualquer distinção, afinal, família é algo muito importante entre os Orcrish.

*** SEGUE

- Eu aprecio a forma como é a família e a forma de ver a vida de vcs, e sei que Amélia será uma ótima mãe para nossos filhos, espero que eles possam ter a responsabilidade que a mãe tem em fazer suas obrigações.

- e claro que aprendeu muito com sua avó Eleanor uma senhora fascinante, que sabe analisar muito e tem uma visão fascinante para conhecer pessoas.